segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

COMENTÁRIO PUBLICADO

Olá Profª Cidinha, 
(...) No início do semestre, quando começamos a ver sobre as classes hospitalares eu tinha pavor, não me via convivendo com crianças doentes, já que eu estava acostumada com escolas comuns, prédios, quadra, lanchonete, uniforme, diretora... e o ambiente hospitalar não era para mim muito agradável.
Com o passar dos meses a idéia foi amadurecendo, fui lendo e pesquisando mais sobre o assunto, conversando com os professores e aceitando melhor essa condição. Fizemos algumas visitas, podemos conhecê-las e sentir um pouquinho do carinho que vocês têm com seu trabalho e a dedicação com que o fazem.
Conhecemos também o Hospital Darci Vargas, que pessoas maravilhosas! a dedicação também com o trabalho, com as crianças, a organização..., mas eu ainda me sentia "armada" dentro do hospital, com medo de algo que desconhecia. Foi então que fomos divididas em grupos para conhecer algumas alas do hospital e eu escolhia a ala de oncologia, já que eu tinha medo de enfrentar essa realidade de frente, resolvi superar os meus medos.   Durante a visita vi um bebê no colo de sua mãe e logo lembrei da minha filha, doia até o peito de imaginar ela nessa situação. O bebê quando me viu esticou os bracinhos e sorriu para mim, eu não resisti e fui ao seu encontro. Olhei para a mãe dele e comentei sobre o gesto do bebê em sorrir para alguém que ele nunca havia visto, como ele era fascinante, os olhos espertos, a alegria era contagiante.
A mãe do bebê com lágrimas no rosto me disse que ele havia feito isso para me contar que o médico havia acabado de dar a maior noticia que uma mãe poder ia ouvir, que seu bebê estava curado, o câncer  havia desaparecido! Mais uma vez meu peito parecia que ia estourar, mas dessa vez de alegria, a notícia também me contagiou mesmo sem conhecer  aquela familia.

Os dois foram embora e eu terminei a visita segurando o choro, não queria que as outras mães e as crianças me vissem chorando, no caminho de volta para casa fiquei pensando no que havia acontecido no hospital buscando uma explicação.
Entendi que aquele bebê foi um anjo enviado por Deus para me mostrar que dentro do hospital não havia só sofrimento e dor, que lá tambem há esperança, cura, vitórias e que eu deveria mudar o meu modo de pensar, foi exatamente isso que aconteceu. Hoje não penso somente na perda, mas sim no que ganhamos com cada experiência.
Sei que conviver no ambiente hospitalar não é facil, mas hoje me sinto muito mais preparada para começar uma nova experiência.
Desculpe pelo tamanho do e mail, mas gostaria de contar isso para vcs.
beijos e fiquem com Deus!
Vanessa Sales 
(aluna do curso de Pedagogia da Faculdade de Mauá (FAMA)
10/01/11

3 comentários:

  1. Achamos importante publicar o e-mail de nossa amiga Vanessa, afinal qtas pessoas "acham lindo" o trabalho das classes hospitalares, mas não têm nenhuma oportunidade de contato com a realidade hospitalar?
    Ao compartilharmos as dúvidas e angústias da Vanessa, com certeza estamos ajudando outras pessoas, outros estudantes que em breve estarão no mercado de trabalho, outros profissionais que pretendem migrar para essa área.
    Esperamos ter cumprido nosso objetivo!

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  2. Belo Dia!!!
    Amigas, que e mail importante...
    Fiquei nessa manhã muito emocionada, por saber que a aluna Vanessa Sales se permitiu encontrar-se... Parabens Vanessa, não a conheço mas lendo o seu e mail sei que a sua história de vencer obstáculos é linda, e quero apenas lhe dizer que:

    FAMA... significa que você tem a FACILIDADE DE QUEM AMA!!!(você entendeu o que é FAMA!!!)

    AMOR PELO DIA A DIA
    Tia Jô

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  3. Mto emocionante esse relato

    eu msm não me imagino dando aula dentro de um hospital...

    enfim, blo blog esse de vcs, parabéns!

    até a próxima

    http://qrolecionar.blogspot.com

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